JOÃO

Autor: Apóstolo João

Data: Cerca de 85 dC

Autor

A antiga tradição da igreja atribui o quarto evangelho a João “o discípulo a quem Jesus amava” (13.23; 19.26; 20.2; 21.7,20), que pertencia ao “círculo íntimo” dos seguidores de Jesus (Mt 17.1; Mc 13.3). De acordo com escritores cristãos do séc. I , João mudou-se para Éfeso, provavelmente durante a guerra Judaica de 66-70dC, onde continuou seu ministério.





Data

A mesma tradição que localiza João em Efeso sugere que ele escreveu seu evangelho na última parte do séc. I. Na falta de provas substanciais do contrário, a maioria dos eruditos aceitam esta tradição.





Conteúdo

Enquanto era bem provável que João conhecesse as narrativas dos outros três Evangelhos, ele escolheu não seguir a seqüência cronológica de eventos dos mesmos como uma ordem tópica. Nesse caso, eles podem ter usado as tradições literárias comuns e/ou orais. O esquema amplo é o mesmo, e alguns acontecimentos em particular do ministério de Jesus são comuns a todos os quatro livros. Algumas das diferenças distintas são: 1) Ao invés das parábolas familiares, João tem discursos extensos; 2) Em lugar dos muitos milagres e cura dos sinóticos, João usa sete milagres cuidadosamente escolhidos a dedo que servem como “sinais”; 3) O ministério de Jesus gira em torno das três festas da Páscoa, ao invés de uma, conforme citado nos Sinóticos; 4) Os ditos “Eu sou” são unicamente joaninos.

João divide o ministério de Jesus em duas partes distintas: os caps 2-12 dão uma visão de seu ministério público, enquanto os caps 13-21 relatam seu ministério privado aos seus discípulos. Em 1.1-18, denominado “prólogo”, João lida com as implicações teológicas da primeira vinda de Jesus. Ele mostra o estado preexistente de Jesus com Deus, sua divindade e essência, bem como sua encarnação.





Cristo Revelado

O livro apresenta Jesus como ó único Filho gerado por Deus que se tornou carne. Para João, a humanidade de Jesus significava essencialmente uma missão dupla: 1) como o”Cordeiro de Deus (1.29), ele procurou a redenção da humanidade; 2) Através de sua vida e ministério, ele revelou o Pai. Cristo colocou-se coerentemente além de si mesmo perante o Pai que o havia enviado e a quem ele buscava glorificar. Na verdade, os próprios milagres que Jesus realizou como “sinais”, testemunham a missão divina do Filho de Deus.





O Espírito Santo em Ação

A designação do ES como “Confortador” ou “Consolador” (14.16) é exclusiva de João e significa literalmente. “alguém chamado ao lado”. Ele é “outro consolador”, isto é, alguém como Jesus, o que estendeu o ministério de Jesus até o final desta era. Seria um grave erro, entretanto, compreender o objetivo do Espírito apenas em termos daqueles em situações difíceis. Ao contrário,João demonstra que o papel do Espírito abrange cada faceta da vida. Em relação ao mundo exterior de Cristo, ele trabalha como o agente que convence o mundo do pecado, da justiça e do juízo (16.8-11). A experiência de ser “nascido no Espírito” descreve o Novo Nascimento (3.6). Como, em essência, Deus é o Espírito, aqueles que o adoram devem fazê-lo espiritualmente, isto é, conforme comandado e motivado pelo ES (4.24). Além disso, em antecipação do Pentecostes, o Espírito torna-se o capacitador divino para o ministério autorizado (20.21-23).

João revela a função do ES em continuar a obra de Jesus, guiando os crentes e a um entendimento dos significados, implicações e imperativos do evangelho e capacitando-os a realizar “obras maiores” do que aquelas realizadas por Jesus (14.12). Aqueles que crêem em Cristo hoje podem, assim, enxergá-lo como um contemporâneo, não apenas como uma figura do passado distante.





Esboço de João

Prólogo 1.1-8

I. O ministério público de Jesus 1.19-12.50

Preparação 1.19-51

As bodas em Caná 2.1-12

Ministério em Jerusalém 2.13-3.36

Jesus e a mulher de Samaria 4.1-42

A cura do filho de um oficial do rei 4.43-54

A cura de um paralítico em Betesda 5.1-15

Honrando o Pai e o Filho 5.16-29

Testemunhas do Filho 5.30-47

Ministério na Galiléia 6.1-71

Conflito em Jerusalém 7.1-9.41

Jesus, o bom Pastor 10.1-42

Ministério em Batânia 11.1-12.11

Entrada triunfal em Jerusalém 12.12-19

Rejeição final: descrença 12.20-50

II. O ministério de Jesus aos discípulos 13.1-17.26

Servir— um modelo 13.1-20

Pronunciamento de traição e negação 13.21-38

Preparação para a partida de Jesus 14.1-31

Produtividade por submissão 15.1-17

Lidando com rejeição 15.18-16.4

Compreendendo a partida de Jesus 16.5-33

A oração de Jesus por seus discípulos 17.1-26

III. Paixão e ressurreição de Jesus 18.1-21.23

A prisão de Jesus 18.1-14

Julgamento perante o sumo sacerdote 18.15-27

Julgamento perante Pilatos 18.28-19.16

Crucificação e sepultamento 19.17-42

Ressurreição e aparições 20.1-21.23

Epílogo 21.24-25
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LUCAS


AUTOR: Tanto o estilo quanto a linguagem oferecem evidências convincentes de que a mesma pessoa escreveu Lucas e Atos. “ O primeiro tratado” At 1.1 é, então provavelmente , uma referência ao terceiro evangelho, como o primeiro de uma série de dois volumes. E o fato de o escrito dedicar ambos os livros a Teófilo também demonstra solidamente uma autoria comum. Visto que a tradição de igreja atribui com unanimidade essas duas obras a Lucas, o médico, um companheiro próximo de Paulo (Cl 4.14; Fm 24; 2Tm 4.11), e, como as evidências internas sustentam esse ponto de vista, não há motivos para contestar a autoria de Lucas.
DATA: Eruditos que admitem que Lucas usou o Evangelho de Marcos como fonte para escrever seu próprio relato datam Lucas por volta do ano 70 dC. Outros, entretanto, salientam que Lucas o escreveu antes de Atos, que ele escreveu durante o primeiro encarceramento de Paulo pelos romanos, cerca de 63 dC. Como Lucas estava em Cesaréia de Filipe durante os dois anos em que Paulo ficou preso lá (At 27.1), ele teria uma grande oportunidade durante aquele tempo para conduzir investigações que ele menciona em 1.1-4. Se for este o caso, então o Evangelho de Lucas pode ser datado por volta de 59-60 dC, mas no máximo até 75 dC.

CONTEÚDO: Uma característica distinta do Evangelho de Lucas é sua ênfase na universalidade da mensagem cristã. Do cântico de Simeão, louvando Jesus como “luz... Para as nações” (2.32) ao comissionamento do Senhor ressuscitado para que se “pregasse em todas as nações” (24.47), Lucas realça o fato de que Jesus não é apenas o Libertador dos judeus, mas também o Salvador de todo o mundo.

A fim de sustentar esse tema, Lucas omite muito material que é estritamente de caráter judaico. Por exemplo, ele não inclui o pronunciamento de condenação de Jesus aos escribas e fariseus (Mateus 23), nem a discussão sobre a tradição judaica (Mt 15.1-20; Mc 7.1-23). Lucas também exclui os ensinamentos de Jesus no Sermão da Montanha que tratam diretamente do seu relacionamento com a lei (mt 5.21-48; 6.1-8, 16-18). Lucas também omite as instruções de Jesus aos Doze para se absterem de ministrar aos gentios e samaritanos (Mt 10.5).

Por outro lado, Lucas inclui muitas características que demonstram universalidade. Ele enquadra o nascimento de Jesus em um contexto romano (2.1-2; 3.1), mostrando que o que ele registra tem significado para todas as pessoas. Ele enfatiza ainda, as raízes judaicas de Jesus. De todos os escritores dos Evangelhos só ele registra a circuncisão e dedicação de Jesus (2.21-24), bem como sua visita ao Templo quando menino (2.41-52). Somente ele relata o nascimento e a infância de Jesus no contexto de judeus piedosos como Simeão, Ana, Zacarias e Isabel, que estavam entre os fiéis restantes “esperando a consolação de Israel” (2.25). Por todo o Evangelho, Lc deixa claro que Jesus é o cumprimento das esperanças do AT relacionadas à salvação.

Um versículo chave do evangelho de Lc é o 19.10, que declara que Jesus “veio buscar e salvar o que se havia perdido”. Ao apresentar Jesus como Salvador de todos os tipos de pessoas, Lc inclui material não encontrado nos outros evangelhos, como o relato do fariseu e da pecadora (7.36-50); a parábola do fariseu e o publicano (18.9-14); a história de Zaqueu (19.1-10); e o perdão do ladrão na cruz (23.39-43).

Lc ressalta as advertências de Jesus sobre o perigo dos ricos e a simpatia dele pelos pobres (1.53;4.18; 6.20-21, 24-25; 12.13-21; 14.13; 16.19-31; 19.1-10).

Este evangelho tem mais referências à oração do que os outros evangelhos. Lc enfatiza especialmente a vida de oração de Jesus registrando sete ocasiões em que Jesus orou que não são encontrados em mais nenhum outro lugar (3.21; 5.16; 6.12; 9.18,29; 11.1; 23.34,46). Só Lc tem as lições do Senhor sobre a oração ensinada nas parábolas do amigo importuno (18.9-14). Além disso, o evangelho é abundante em notas de louvor e ação de graças ( 1.28,46-56,68-79; 2.14,20,29-32; 5.25-26; 7.16; 13.13; 17.15; 18.43)

Cristo Revelado
Além de apresentar Jesus como o Salvador do mundo, Lc dá os seguintes testemunhos sobre ele:
Jesus é o profeta cujo papel equipara-se ao Servo e Messias (4.24; 7.16,39; 919; 24.19)
Jesus é o homem ideal, o perfeito salvador da humanidade. O título “Filho do Homem” é encontrado 26 vezes no evangelho.

Jesus é o Messias. Lc não apenas afirma sua identidade messiânica, mas também tem o cuidado de definir a natureza de seu messianismo. Jesus é, por excelência, o Servo que se dispõe firmemente a ir a Jerusalém cumprir seu papel (9.31.51). Jesus é o filho de Davi (20.41-44), o Filho do Homem (5.24) e o Servo Sofredor (4.17-19, que foi contado com os transgressores (22.37).
Jesus é o Senhor exaltado. Lc refere-se a Jesus como “Senhor” dezoito vezes em seu evangelho.
Jesus é o amigo dos proscritos humildes. Ele é constantemente bondoso para com os rejeitados.

O Espírito Santo em Ação
Há dezesseis referências explicitas ao ES, ressaltando sua obra tanto na vida de Jesus quanto no ministério continuo da igreja.

Em primeiro lugar: a ação do ES é vista na vida de várias pessoas fiéis, relacionadas ao nascimento de João Batista e Jesus (1.35,41,67; 2.25-27), bem como no fato de João ter cumprido seu ministério sob a unção do ES (1.15). O mesmo Espírito capacitou Jesus para cumprir seu ministério.

Em segundo lugar: O ES capacita Jesus para cumprir seu ministério—o Messias ungido pelo ES. Nos caps 3-4, há cinco referencias ao Espírito, usadas com força progressiva. 1) O Espírito desce sobre Jesus em forma corpórea, como uma pomba (3.22); 2) Ele leva Jesus ao deserto para ser tentado (4.1); 3) Após sua vitória sobre a tentação, Jesus volta para a Galiléia no poder do mesmo (4.14) 4) Na sinagoga de Nazaré, Jesus lê a passagem messiânica: “O Espírito do Senhor está sobre mim...”(4.18; Is 61.1-2), reivindicando o cumprimento nele (4.21). Então, 5) evidência seu ministério carismático está repleta (4.31-44) e continua em todo seu ministério de poder e compaixão.

Em terceiro lugar: O ES, através de oração de petição leva a cabo o ministério messiânico. Em momentos críticos daquele ministério, Jesus ora antes, durante ou depois do acontecimento crucial (3.21; 6.12; 9.18,28; 10.21). O mesmo ES que foi eficaz através de orações de Jesus dará poder as orações dos discípulos (18.1-8) e ligará o ministério messiânico de Jesus ao ministério poderoso deles através da igreja (24.48.49).

Em quarto lugar: O ES espalha alegria tanto a Jesus como à nova comunidade. Cinco palavras gregas denotando alegria ou exultação são usadas duas vezes com mais freqüência tanto Lc como Mt ou Mc. Quando os discípulos voltam com alegria de sua missão (10.17), “Naquela mesma hora, se alegrou Jesus no ES e disse...” (10.21). Enquanto os discípulos estão esperando pelo Espírito prometido (24.49), “adorando-o eles, tornaram com grande júbilo para Jerusalém. E estavam sempre no templo, louvando e bendizendo a DEUS” (24.52-53)

Esboço de Lucas
I. Prólogo 1.1-4
II. A narrativa da infância 1.5-2.52
Anúncio do nascimento de João Batista 1.5-25
Anúncio do nascimento de Jesus 1.26-38
Visita das duas mães 1.39-56
O nascimento de João Batista 1.57-80
O nascimento de Jesus 2.1-40
O menino Jesus no templo 2.41-52
III. Preparação para o ministério público 3.1-4.13
O ministério de João Batista 3.1-20
O batismo de Jesus 3.21-22
A genealogia de Jesus 3.23-38
A tentação 4.1-13
IV. O ministério galileu 4.14-9.50
Em Nazaré e Carfanaum 4.14-44
Do chamamento de Pedro ao chamamento dos doze 5.1-6.16
O Sermão da Montanha 6.17-49
Narrativa e diálogo 7.1-9.50
V. A narrativa de viagem (no caminho para Jerusalém) 9.51-19.28
VI. O ministério de Jerusalém 19.29-21.38
Acontecimentos na entrada de Jesus em Jerusalém 19.29-48
História de controvérsias 20.1-21.4
Discurso escatológico 21.5-38
VII. A paixão e glorificação de Jesus 22.1-24.53
A refeição de Páscoa 22.1-38
A paixão, morte e sepultamento de Jesus 22.39-23.56
A ressurreição e a ascensão 24.1.53
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MARCOS

AUTOR: Mesmo que o Evangelho de Marcos seja anônimo, a antiga tradição é unânime em dizer que o autor foi João Marcos, seguidor próximo de Pedro e companheiro de Paulo e Barnabé em sua primeira viagem missionária. O mais antigo testemunho da autoria de Marcos tem origem em Papias, bispo da Igreja em Hierápolis (cerca de 135-140 d.C), testemunho que é preservado na História Eclesiástica de Eusébio. Papias descreve Marcos como “interprete de Pedro”. Embora a igreja antiga tenha tomado cuidado em manter a autoria apostólica direta dos Evangelhos, os pais da igreja atribuíram coerentemente este Evangelho a Marcos, que não era um apóstolo.

DATA: Os fundadores da Igreja declaram que o Evangelho de Marcos foi escrito depois da morte de Pedro, que aconteceu durante as perseguições do Imperador Nero por volta de 67 d.C. O Evangelho em si, especialmente o cap. 13, indica ter sido escrito antes da destruição do Templo em 70 d.C. A maior parte das evidências sustenta uma data entre 65 e 70 dC.

CONTEXTO HISTÓRICO: Em 64 d.C, Nero acusou a comunidade cristã de colocar fogo na cidade de Roma, e por esse motivo instigou uma temerosa perseguição na qual Paulo e Pedro morreram. Em meio a uma igreja perseguida, vivendo constantemente sob ameaça de morte, o evangelista Marcos escreveu suas “boas novas”. Está claro que ele quer que seus leitores tomem a vida e exemplo de Jesus como modelo de coragem e força. O que era verdade para Jesus deveria ser para os apóstolos e discípulos de todas as idades. No centro do Evangelho há pronunciamentos explícito de “que importava que o Filho do Homem padecesse muito, e que fosse rejeitado pelos anciãos, e pelos príncipes dos sacerdotes e pelos escribas, que fosse morto, mas que, depois de três dias, ressuscitaria” (8.31) Esse pronunciamento de sofrimento e morte é repetido (9.31; 10.32-34), mas torna-se uma norma para o comprometimento do discipulado: “Se alguém quiser vir após mim, negue-se a si mesmo, e tome a sua cruz e siga-me” (8.34). Marcos guia seus leitores à cruz de Jesus, onde eles podem descobrir o significado e esperança em seu sofrimento.

CONTEÚDO: Marcos estrutura seu Evangelho em torno de vários movimentos geográficos de Jesus, que chega ao clímax com sua morte e ressurreição subseqüente. Após a introdução, Marcos narra o ministério público de Jesus na Galiléia e Judéia, culminando na paixão e ressurreição (caps 14-16). O Evangelho pode ser visto como duas metades unidas pela confissão de Pedro de que Jesus era o Messias e pelo primeiro anúncio de Jesus e sua crucificação (8.31).

(Marcos 8:29) - E ele lhes disse: Mas vós, quem dizeis que eu sou? E, respondendo Pedro, lhe disse: Tu és o Cristo.


(Marcos 8:31) - E começou a ensinar-lhes que importava que o Filho do homem padecesse muito, e que fosse rejeitado pelos anciãos e príncipes dos sacerdotes, e pelos escribas, e que fosse morto, mas que depois de três dias ressuscitaria.

Marcos é o menor dos Evangelhos, e não contém nenhuma genealogia e explicação do nascimento e antigo ministério de Jesus na Judéia. É o evangelho da ação, movendo-se rapidamente de uma cena para outra. O Evangelho de João é um retrato estudado do Senhor, Mateus e Lucas apresentam o que poderia ser descrito como uma série de imagens coloridas, enquanto que Marcos é como um filme da vida de Jesus. Ele destaca as atividades dos registros mediante o uso da palavra grega “euteos” que costuma ser traduzia por “imediatamente”. A palavra ocorre quarenta e duas vezes, mais do que em todo o resto do Novo Testamento. O uso freqüente do imperfeito por Marcos denotando ação contínua, também torna a narrativa rápida.

Marcos também é o Evangelho da vivacidade. Frases gráficas e surpreendentes ocorrem com freqüência para permitir que o leitor reproduza mentalmente a cena descrita. Os olhares e gestos de Jesus recebem atenção fora do comum.

Marcos enfatiza pouco a lei e os costumes judaicos, e sempre os interpreta para o leitor quando os menciona. Essa característica tende a apoiar a tradição de que Marcos escreveu para uma audiência romana e gentílica.

De muitas formas, ele enfatiza a Paixão de Jesus de modo que se torna a escala pela qual todo o ministério pode ser medido:

(Marcos 10:45) - Porque o Filho do homem também não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate de muitos.

Todo o ministério de Jesus (milagres, comunhão com os pecadores, escolha de discípulos, ensinamentos sobre o reino de Deus, etc.) está inserido no contexto do amor oferecido pelo Filho de Deus, que tem seu clímax na cruz e ressurreição.

Cristo Revelado
Esse livro não é uma biografia, mas uma história concisa da redenção obtida mediante o trabalho expiatório de Cristo. Marcos demonstra as reivindicações messiânicas de Jesus enfatizando sua autoridade com o Mestre (1.22) e sua autoridade sobre satanás e os espírito malignos (1.27; 3.19-30), o pecado (2.1-12), o sábado (2.27-28; 3.1-6), a natureza (4.35-41; 6.45-52), a doença (5.21-34), a morte (5.35-43), as tradições legalistas (7.1-13,14-20), e o templo (11.15-18).

Título de abertura do trabalho de Marcos, “Princípio do Evangelho de Jesus Cristo, Filho de Deus” (1.1), fornece sua tese central em relação a identidade de Jesus como o filho de Deus. Tanto o batismo quanto a transfiguração testemunham sua qualidade de filho (1.11; 9.7). Em duas ocasiões, os espíritos imundos o reconhecem como Filho de Deus (3.11; 5.7). A parábola dos lavradores malvados (12.6) faz alusão à qualidade de filho divino de Jesus (12.6). Por fim, a narrativa da crucificação termina com a confissão do centurião: “Verdadeiramente, este homem era o Filho de Deus.” (15.39)

O titulo que Jesus usava com mais freqüência para si próprio, num total de catorze vezes em Marcos, é “Filho do Homem”. Como designação para o Messias, este termo (ver Dn 7.13) não era tão popular entre os Judeus como o título “Filho do Homem” para revelar e para esconder seu messianismo e relacionar-se tanto com Deus quanto com o homem.

Marcos, atentando para o discipulado, sugere que os discípulos de Jesus deveriam ter um discernimento amplo ao mistério de sua identidade. Mesmo apesar de muitas pessoas interpretarem mal sua pessoa e missão, enquanto os demônios confessam sua qualidade de filho de Deus, os discípulos de Jesus precisam ver além de sua missão, aceitar sua cruz e segui-lo. A segunda vinda do Filho do Homem revelará totalmente seu poder e glória.

O Espírito Santo em Ação
Junto com os outros escritores do Evangelho, Marcos recorda a profecia de João Batista de que Jesus “vos batizará com o Espírito Santo (1.8), Os crentes seriam totalmente imersos no Espírito, como os seguidores de João o eram nas águas.

O Espírito Santo desceu sobre Jesus em seu batismo (1.10), habilitando-o para seu trabalho messiânico de cumprimento da profecia de Isaías (Is 42.1; 48.16; 61.1-2). A narrativa do ministério subseqüente de Cristo testemunha o fato de que seus milagres e ensinamentos resultaram da unção do Espírito Santo.

Marcos declara graficamente que “o Espírito o impeliu para o deserto” (1.12) para que fosse tentado, sugerindo a urgência por encontrar e vencer as tentações de satanás, que queria corrompê-lo antes que ele embarcasse em uma missão de destruir o poder do inimigo nos outros.

O pecado contra o Espírito Santo é colocado em contraste com “todos os pecados” (3.28), pois esses pecados e blasfêmias podem ser perdoados. O contexto define o significado dessa verdade assustadora. Os escribas blasfemaram contra o ES ao atribuírem a satanás a expulsão dos demônios. Que Jesus realizava pela ação do Espírito Santo (3.22). Sua visão prejudicada tornou-os incapazes do verdadeiro discernimento. A explicação de Marcos confirma o motivo de Jesus ter feito essa grave declaração (3.30).

Jesus também refere à inspiração do Antigo Testamento pelo Espírito Santo (12.36). Um grande estímulo aos cristãos que enfrentam a hostilidade de autoridades injustas é a garantia do Senhor de que o Espírito Santo falará através deles quando testemunharem de Cristo (13.11).

Além das referências explícitas ao Espírito Santo, Marcos emprega palavras associadas com o dom do Espírito, como poder, autoridade, profeta, cura, imposição de mãos, Messias e Reino.

Esboço de Marcos
Introdução 1.1-13
Declaração sumária 1.1
Cumprimento da profecia do AT 1.2-3
O ministério de João Batista 1.4-8
O batismo de Jesus 1.9-11
A tentação de Jesus 1.12-13
I. O Ministério de Jesus na Galiléia 1.14-9.50
Princípio: Sucesso e conflito iniciais 1.14-3.6
Etapas posteriores: Aumento de popularidade e oposição 3.7-6.13
Ministério fora da Galiléia 6.14-8.26
Ministério no caminho para a Judéia 8.26-9.50
II. O Ministério de Jesus na Judéia 10.1-16.20
Ministério na Transjordânia 10.1-52
Ministério em Jerusalém 11.1-13.37
A Paixão 14.1-15.47
A ressurreição 16.1-20
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MATEUS


AUTOR: Embora este evangelho não identifique seu autor, a antiga tradição da igreja o atribui a Mateus, o apóstolo e antigo cobrador de impostos. Pouco se sabe sobre ele, além de seu nome e ocupação. A tradição diz que, nos quinze anos após ressurreição de Jesus, ele pregou na Palestina e depois conduziu campanhas missionárias em outras nações.
DATA: Evidências externas, como citações na literatura cristã do Séc I, testemunham desde cedo a existência e o uso de Mateus. Líderes da igreja do Séc. II e III geralmente concordavam que Mateus foi o primeiro Evangelho a ser escrito, e várias declarações em seus escritos indicam uma data entre 60 e 65 d.C.

CONTEÚDO: O objetivo de Mateus é evidente na estrutura deste livro, que agrupa os ensinamentos e atos de Jesus em cinco partes. Este tipo de estrutura, comum ao judaísmo, pode revelar o objetivo de Mateus em mostrar Jesus como o cumprimento da lei. Cada divisão termina com uma fórmula como: “Concluindo Jesus estes dircusos...”

(Mateus 7:28) - E aconteceu que, concluindo Jesus este discurso, a multidão se admirou da sua doutrina;


(Mateus 11:1) - E ACONTECEU que, acabando Jesus de dar instruções aos seus doze discípulos, partiu dali a ensinar e a pregar nas cidades deles.


(Mateus 13:53) - E aconteceu que Jesus, concluindo estas parábolas, se retirou dali.


(Mateus 19:1) - E ACONTECEU que, concluindo Jesus estes discursos, saiu da Galiléia, e dirigiu-se aos confins da Judéia, além do Jordão;


(Mateus 26:1) - E ACONTECEU que, quando Jesus concluiu todos estes discursos, disse aos seus discípulos:

Mateus mostra que Jesus é o Messias ao relacioná-lo às promessas feitas a Abraão e Davi. O nascimento de Jesus salienta o tema do cumprimento, retrata a realeza de Jesus e sublinha a importância dele para os gentios.

(Mateus 1:1) - LIVRO da geração de Jesus Cristo, filho de Davi, filho de Abraão.


(Mateus 2:23) - E chegou, e habitou numa cidade chamada Nazaré, para que se cumprisse o que fora dito pelos profetas: Ele será chamado Nazareno.

A primeira parte (caps. 3-7) contém o Sermão da Montanha, no qual Jesus descreve como as pessoas devem viver no Reino de Deus.

A Segunda parte (8.1-11.1) reproduz as instruções de Jesus a seus discípulos quando ele os enviou para a viagem missionária.

A Terceira parte (11.2-13.52) registra várias controvérsias nas quais Jesus estava envolvido e sete parábolas descrevendo algum aspecto do Reino dos céus, em conexão com a resposta humana necessária.

A Quarta parte ( 13.53-18.35) o principal discurso aborda a conduta dos crentes dentro da sociedade cristã (cap 18).

A quinta Parte (19.1-25.46) narra a viagem final de Jesus a Jerusalém e revela seu conflito climático com o judaísmo. Os caps. 24-25 contêm os ensinamentos de Jesus relacionados à últimas coisas.

O restante do Livro (26.1-28.20) detalha acontecimentos e ensinamentos relacionados à crucificação, à ressurreição e à comissão do Senhor à Igreja. A não ser no início e no final do Evangelho, a disposição de Mateus não é cronológica e não estritamente biográfica, mas foi planejada para mostrar que o Judaísmo encontra o cumprimento de suas esperanças em Jesus.

Cristo Revelado
Este Evangelho apresenta Jesus como o cumprimento de todas as expectativas e esperanças messiânicas. Mateus estrutura cuidadosamente suas narrativas para revelar Jesus como cumpridor de profecias específicas. Portanto, ele impregna seu Evangelho tanto com citações quanto com alusões ao Antigo Testamento, introduzindo muitas delas com a fórmula “para que se cumprisse”.

No Evangelho. Jesus normalmente faz alusão a si mesmo como o Filho do Homem, uma referência velada ao seu caráter messiânico. O termo não somente permitiu a Jesus evitar mal-entendidos comuns originados de títulos messiânicos populares, como possibilitou-lhe interpretar tanto sua missão de redenção quanto seu retorno na glória.

(Daniel 7:13-14) - Eu estava olhando nas minhas visões da noite, e eis que vinha nas nuvens do céu um como o filho do homem; e dirigiu-se ao ancião de dias, e o fizeram chegar até ele.E foi-lhe dado o domínio, e a honra, e o reino, para que todos os povos, nações e línguas o servissem; o seu domínio é um domínio eterno, que não passará, e o seu reino tal, que não será destruído.


(Mateus 20:28) - Bem como o Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir, e para dar a sua vida em resgate de muitos.


(Mateus 24:30) - Então aparecerá no céu o sinal do Filho do homem; e todas as tribos da terra se lamentarão, e verão o Filho do homem, vindo sobre as nuvens do céu, com poder e grande glória.

O uso do título “Filho de Deus” por Mateus sublinha claramente a divindade de Jesus

(Mateus 3:17) - E eis que uma voz dos céus dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo.

Como o Filho, Jesus tem um relacionamento direto e sem mediação com o Pai.

(Mateus 11:27) - Todas as coisas me foram entregues por meu Pai, e ninguém conhece o Filho, senão o Pai; e ninguém conhece o Pai, senão o Filho, e aquele a quem o Filho o quiser revelar.

Mateus apresenta Jesus como o Senhor e Mestre da igreja, a nova comunidade, que é chamada a viver nova ética do Reino dos céus. Jesus declara: “a igreja” como seu instrumento selecionado para cumprir os objetivos de Deus na Terra

(Mateus 16:18) - Pois também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela;

O Evangelho de Mateus pode ter servido como manual de ensino para a igreja antiga, incluindo a surpreendente Grande Comissão, que é a garantia da presença viva de Jesus.

O Espírito Santo em Ação
A atividade do Espírito Santo é evidente em cada fase e ministério de Jesus. Foi por meio do poder do Espírito que Jesus foi concebido no ventre de Maria.

Antes de Jesus começar seu ministério público, ele foi tomado pelo Espírito de Deus e foi conduzido ao deserto para ser tentado pelo diabo como preparação adicional a seu papel messiânico. O poder do Espírito habilitou Jesus a curar e a expulsar demônios.

(Mateus 3:16) - E, sendo Jesus batizado, saiu logo da água, e eis que se lhe abriram os céus, e viu o Espírito de Deus descendo como pomba e vindo sobre ele.

(Mateus 4:1) - ENTÃO foi conduzido Jesus pelo Espírito ao deserto, para ser tentado pelo diabo.


(Mateus 12:28) - Mas, se eu expulso os demônios pelo Espírito de Deus, logo é chegado a vós o reino de Deus.

Da mesma forma que João imergia seus seguidores na água, Jesus imergirá seus seguidores no Espírito Santo.

(Mateus 3:11) - E eu, em verdade, vos batizo com água, para o arrependimento; mas aquele que vem após mim é mais poderoso do que eu; cujas alparcas não sou digno de levar; ele vos batizará com o Espírito Santo, e com fogo.

Aqui, encontramos uma advertência dirigida contra os falsos crentes, aqueles que na igreja, profetizam, expulsam demônios e fazem milagres, mas não fazem a vontade do Pai.

(Mateus 7:21-23) - Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus. Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? e em teu nome não expulsamos demônios? e em teu nome não fizemos muitas maravilhas?

E então lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniqüidade.

Jesus declarou que suas obras eram feitas sob o poder do Espírito Santo, evidenciando que o Reino de Deus havia chegado e que o poder de Satanás estava sendo derrotado. Portanto, atribuir o Espírito Santo ao diabo era cometer um pecado imperdoável

(Mateus 12:28-32) - Mas, se eu expulso os demônios pelo Espírito de Deus, logo é chegado a vós o reino de Deus. Ou, como pode alguém entrar em casa do homem valente, e furtar os seus bens, se primeiro não maniatar o valente, saqueando então a sua casa? Quem não é comigo é contra mim; e quem comigo não ajunta, espalha. Portanto, eu vos digo: Todo o pecado e blasfêmia se perdoará aos homens; mas a blasfêmia contra o Espírito não será perdoada aos homens. E, se qualquer disser alguma palavra contra o Filho do homem, ser-lhe-á perdoado; mas, se alguém falar contra o Espírito Santo, não lhe será perdoado, nem neste século nem no futuro.

Aqui, o Espírito Santo está ligado ao exorcismo de Jesus e à presente realidade do Reino de Deus, não apenas pelo fato do exorcismo em si, pois os filhos dos fariseus (discípulos) também praticavam exorcismo. Mas precisamente, o Espírito Santo está executando um novo acontecimento com o Messias—”é chegado a vós o Reino de Deus” (v.28).

Esboço de Mateus
Prólogo: Genealogia e narrativa da infância 1.1-2.23
genealogia de Jesus 1.1-17
O nascimento 1.18-25
A adoração dos magos 2.1-12
Fuga para o Egito e matança nos inocentes, a volta para Israel 2.13-13
I. Parte um: Proclamação do Reino dos Céus 3.1-7.29
Narrativa: Início do Ministério de Jesus 3.1-7.29
Discurso: O Sermão da Montanha 5.1-7.29
II. Parte Dois: O ministério de Jesus na Galiléia 8.1-11.1
Narrativa: Histórias dos dez milagres 8.1-11.1
Discurso: Missão e martírio 9.35-11.1
III. Parte Três: Histórias e parábolas em meio a controvérsias 11.2-13.52
Narrativa: Controvérsia que se intensificam 11.2-12.50
Discurso: Parábolas do Reino 13.1-52
IV. Parte Quatro: Narrativa, controvérsia e discurso 13.53-17.27
Narrativa: Vários episódios precedentes à jornada final de Jesus em Jerusalém 13.53-17.27
Discurso: Ensino sobre a igreja 18.1-35
V. Parte Cinco: Jesus na Judéia e em Jerusalém 19.1-25.46
Narrativa: A jornada final de Jesus e a instauração do conflito 19.1-23.39
Discurso: Os ensinos escatológicos de Jesus 24.1-25.46
A narrativa da Paixão 26.1-27.66
A narrativa da ressurreição 28.1-20
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PROSPERIDADE - DÍZIMOS E OFERTAS - aula 12

Quando o assunto é dizimo, vemos que trata-se de um tema muito desgastado e que, geralmente, é visto pelos não cristãos, como um meio de explorar a fé dos mais simples. Se de fato existe pessoas dentro das igrejas, que agem assim, explorando a boa fé de seus membros com promessas de recompensas fantásticas para os que derem, ou pagarem, como preferem alguns, os seus dízimos e oferta, sem duvida é algo profundamente lamentável.

Este não é um assunto muito abordado, mas é de tremenda importância para Vida da Igreja. Muitas pessoas tem problemas sérios na área financeira por não contribuírem ou contribuírem de maneira equivocada.

Pessoas inconstantes em seus dízimos tendem a ser instáveis na sua vida financeira. Pessoas que têm dificuldade para dar, têm também, dificuldade para receber. Se a pessoa está com a mão fechada para dar, não receberá... “Para que Deus coloque algo em sua mão ela tem que estar aberta.

A Palavra de Deus diz:

“Tenho-vos mostrado em tudo que, trabalhando assim, é mister socorrer aos necessitados, e recordar as palavras do próprio Senhor Jesus, mais bem aventurado é dar do que receber”. (Atos 20:35)

Existem mais alguns enfoques que causam duvidas sobre esse tema e muito que ainda precisa ser restaurado. Antes, porém, de entrarmos no assunto de dízimos e ofertas, vamos falar um pouco sobre dinheiro.

O Dinheiro

O que é o dinheiro?

É um meio de transação, um instrumento que permite a troca de bens e mercadorias.

Muitos textos que vamos estudar são do Velho Testamento e, na época em que alguns deles foram escritos ainda não havia moeda.

• Todos os artigos serviam como elementos de troca (gado, prata, ouro, objetos).
• A riqueza era medida, por exemplo: pela quantidade de gado.

Era Abrão muito rico; possuía gado, prata e ouro”. (Gênesis 12:2)

O primeiro metal que foi usado como instrumento de troca foi a prata. As pessoas trocavam bens por determinado peso de prata:

1 Carro de Guerra = 600 siclos de prata
1 Cavalo = 150 siclos de prata

“Tendo Abraão ouvido isso a Efron, pesou-lhe a prata, e que este lhe falara diante dos filhos de Hete, quatrocentos siclos de prata, moeda corrente entre os mercadores”. (Gênesis 23:16)

A Natureza do Dinheiro

“ Importava-se do Egito um carro por seiscentos siclos de prata e um cavalo por cento e cinqüenta; nas mesmas condições as caravanas os traziam e os exportavam para todos os reis dos heteus e para os reis da Síria.” (I Reis 10:29)

O dinheiro é uma POTESTADE, ou seja, ele tem poder em si mesmo. Exerce poder sobre as pessoas.

“Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de odiar a um, e amar ao outro, ou há de dedicar-se a um e desprezaro outro. Não podeis servir a Deus e às riquezas.” (Mateus 6:24)


Neste texto Jesus usa uma palavra em aramaico: Mamom

Mamom: riquezas, indica algo que tem natureza pessoal e espiritual.

- Não podeis servir a Deus e a Mamom.
• Mamom é um deus rival
• Como um deus ele exige devoção.
• Mamom (o dinheiro) tem tendência de conduzir as pessoas para longe do Deus verdadeiro

Ex: o jovem rico: amava a Deus, mas amava mais a Mamom. (Mateus 19:16-30)

O dinheiro possui muitas características de Deus:

• Dá segurança
• Liberdade
• Poder (sensação de onipotência)
• Parece onipresente.

Um dos problemas mais sérios do dinheiro (Mamom) é que ele reivindica a lealdade e amor que pertencem somente a Deus. Por isso Jesus diz que quem “não renuncia a tudo quanto possui”não pode ser seu discípulo.

“Assim, pois, todo aquele que dentre vós não renuncia a tudo quanto tens não pode ser meu discípulo.” (Lucas 14:33)

Temos que aprender a usar o dinheiro que Deus nos dá (confia aos nossos cuidados), sem amar o dinheiro.

O dinheiro pode ser um empecilho ou um incentivo

Empecilho: pois se nos apegarmos a ele, atrapalha nosso relacionamento com Deus.

“Mas os que querem ficar ricos caem em tentação e em laço, e em muitas concupiscências loucas e nocivas, as quais submergem os homens na perdição e ruína. Porque o amor ao dinheiro é raízes de todos os males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé, e se transpassaram a si mesmos com muitas dores. Mas tu, ó homem de Deus, foge destas coisas, e segue a justiça, a piedade, a fé, o amor, a paciência, a mansidão. Combate o bom combate da fé, toma posse da vida eterna, para a qual também foste chamado, tendo já feito boa confissão diante de muitas testemunhas. ( I Timóteo 6:9-12)

Incentivo: Pois pode ser usado para intensificar nosso relacionamento com Deus e com os irmãos.

“Não ajunteis tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem destroem e onde os ladrões arrombam e roubam. Mas ajuntai tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem destroem e onde os ladrões não arrombam nem roubam. Pois onde tiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração. (Mateus 6:19-21)


A Bíblia nos fala de pessoas ricas que andavam com Deus e foram uma benção para o próximo. (Ex: Abraão, Salomão...)

Conceitos errados

O Dinheiro é neutro. (Nem bom, nem mau)

Dinheiro não é neutro. Ele pode ser bom se o usarmos bem ou pode ser mau se o usarmos mal.

O Dinheiro não satisfaz

Dinheiro satisfaz sim: Para uma pessoa materialista que ama o dinheiro e as coisas que ele pode dar, o dinheiro satisfaz.

Rico é quem tem muito dinheiro

Você não é rico pela quantidade de bens (ou dinheiro) que possui, mas pela quantidade de coração que coloca neles. Uma pessoa pode ter muito dinheiro e ser pobre para Deus. Outras podem ter pouco dinheiro e ser ricas para Deus.

Você é pobre quando o que tem é seu. Você é realmente rico quando o que tem é dos outros.

O Senhor e o dinheiro

Qual a relação de Deus com o dinheiro?

“Minha é a prata, meu é o ouro, diz o Senhor dos Exércitos.” (Ageu 2:8)


“Riquezas e gloria vem de ti, tu dominas sobre tudo; na tua mão há força e poder para engrandecer e dar força a tudo.” (I Crônicas 29:12)

Nestes textos vemos que todo ouro, toda prata, todas as riquezas são do Senhor; pertencem a Ele e estão sob seu domínio. Até o dinheiro que está no seu bolso agora. Portanto, o dinheiro que temos não é nosso, é de Deus.

• Deus nos dá para administrarmos para Ele.
• Sejamos então bons administradores.
• Usemos de acordo com a vontade Dele.
• Segundo as prioridades Dele.
• Usemos para abençoar os outros.

Deus nos dá o dinheiro não para que sejamos escravo dele, ou amemos a ele ou sirvamos a ele, mas para que façamos bom uso dele. O nosso coração não deve estar no dinheiro, mas sim no Senhor.

O objetivo de Deus não é nos tornar ricos, mas sim nos tornar semelhantes a Jesus.

Dízimos

O que é dízimo?
O conceito é simples: décima parte ou 10%.

• Consiste em devolvermos ao Senhor a décima parte (ou seja 10%) de tudo que ele nos dá.
Por que Deus quer 10%?

1) Porque Ele é misericordioso e bom.
• De quem é todo ouro, toda prata e todo dinheiro? (do Senhor)
• De quem é o mundo e tudo que nele há? (do Senhor)

Nós plantamos, colhemos, trabalhamos, recebemos, vivemos e respiramos no mundo que é do Senhor. E Ele só pede em troca 10% do que recebemos. Ex: arrendamento de terras (1/3 ou ½ para o dono da terra).

2) Porque Ele quer produzir em nós fë e obediência
Deus não precisa de dinheiro. Ele não precisa do nosso dinheiro. Mas quer que sejamos fiéis e obedientes, desprendidos do dinheiro e atentos às necessidades uns dos outros. Para isso precisamos ter fé, acreditarmos que Ele cuida de nós, e entendermos que dependemos Dele para nosso sustento. Precisamos saber que nosso sustento vem do Senhor e não do salário.

O que diz a Bíblia?

“Certamente darás dízimos de todo fruto das tuas sementes, que ano após ano se recolhe do campo”. (Deuteronômio 14:22)


“Também todas as dízimas da terra, tanto do grão do campo, como do fruto das árvores, são do SENHOR: santas são ao Senhor”. (Levítico 27:30)

O dízimo pertence ao Senhor, é propriedade Dele, não nossa. (Este é um conceito fundamental). O dízimo não é parte da nossa renda que damos ao Senhor, são os 10% pertencentes a Deus dentre tudo que Ele nos dá. (É Dele). Não damos o dízimos, nós devolvemos o dízimo ao Senhor. (É propriedade Dele). Por isso não devemos retirar do que sobra e sim das primícias da nossa renda.

“Honra ao Senhor como teus bens e com as primícias de toda a tua renda”. (Provérbios 3:9)

Muitas pessoas que não devolvem, o dízimo e retém para si, ou usam do dinheiro do dízimo para outras coisas, estão usando dinheiro do Senhor e não seu. (Estão sendo infiéis e desobedientes).

Este conceito estava presente desde a criação do mundo, no Jardim do Éden (Adão, Eva e a Árvore). Desobedecendo a esse princípio eles trouxeram problemas para si e para toda humanidade. Dar o dízimo é uma questão de fidelidade e obediência ao Senhor. Quando somos fiéis no dízimo e usamos o dinheiro que é do Senhor para outras coisas, estamos roubando Deus.

“Roubará o homem a Deus? Todavia vós me roubais, e dizeis: Em que te roubamos? Nos dízimos e nas ofertas. Com maldição sois amaldiçoados, porque a mim me roubais, vós, a nação toda”. (Malaquias 3:8-9).

Quando não damos o dízimo trazemos maldição para nós mesmo. Às vezes a pessoa não dá o dízimo e acaba gastando mais com médico, farmácia, e outras áreas não previstas. Não dá porque nunca sobra. (Mas não é para dar a sobra). Não dá porque está sempre em dificuldade financeira. (Mas se continuar a roubar a Deus vai continuar assim). Isso não quer dizer que toda dificuldade financeira é proveniente da retenção do dízimo, ou que o dízimo é uma fórmula mágica para reverter qualquer crise financeira. Mas existe um princípio de fé e obediência por traz do dízimo que se seguirmos seremos abençoados.

“Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa, e depois fazei prova de mim, diz o Senhor dos exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu, não derramar sobre vós uma benção tal, que dela vos advenha a maior abastança. E por causa de vós repreenderei o devorador, para que não vos consuma o fruto da terra; e a vide no campo vos não será estéril, diz o Senhor dos exército”. (Malaquias 3:10-11)

Sempre que obedecemos a um princípio de Deus nós somos abençoados; e nesse caso não é diferente. O Senhor diz que:

• Abrirá as janelas do céu.
• Repreenderá o devorador.
• Fará nossa terra dar frutos.
• Isso é conseqüência de fé e obediência.

Este texto também nos mostra para quem devemos entregar os dízimos.

O texto diz minha casa. Qual é a casa de Deus?
 A Igreja
 Casa do tesouro (Cristo é o tesouro)

Nós devolvemos os dízimos à Igreja, ou mais especificamente, aos homens que Deus colocou para governar a Igreja. Devemos temer a Deus e termos a Livre consciência para fazermos a nossa parte conforme o propósito do Senhor.

“Ensina-me Senhor, o teu caminho, e andarei na tua verdade, une o meu coração ao temor do teu nome”. (Salmos 86:11)

A vida da pessoa, cuja intenção é servir a Deus, é cheia de Luz, significado e objetivo, enquanto que a vida da pessoa cuja intenção é servir a Mamom é fadada à escuridão e sem significado. Devemos entregar aos nossos dízimos com amor e alegria e orar para que os recursos possam ser utilizados com sabedoria pelas pessoas que irão administrá-los, e que possam ser aplicados, fielmente, para que novas igrejas sejam abertas para que a obra de Deus se realize. Tenhamos confiança no Senhor porque Ele é Santo; justo e a tudo observa.

“O Senhor olha desde os céus e está vendo todos SOS filhos dos homens. Da sua morada contempla todos os moradores da terra”. (Salmos 33:13-14)

Não vamos entrar aqui na questão de como os dízimos são aplicados. Mas vemos no Antigo Testamento que ele tinha uma finalidade específica: Era para sustento dos LEVITAS: Povo que cuidava da casa de Deus.

“Quando acabares de dizimar todos os dízimos da tua novidade no ano terceiro que é o ano dos dízimos então a darás ao levita, ao estrangeiro, ao órfãs e a viúva, para que comam dentro das tuas portas, e se fartem”. (Deuteronômio 26:12)

“E eis que aos filhos de Levi tenho dado todos os dízimos em Israel por herança, pelo seu ministério que exerce, o ministério da tenda da congregação”. (Números 18:21).

O conceito de dízimo não vem da lei

Vimos que, antes da lei, Abraão deu o dizimo de todos os seus bens a Melquisedeque, sacerdote do Deus Altíssimo.

“Melquisedeque, rei de Salém, trouxe pão e vinho e era este sacerdote do Deus altíssimo. E abençoou-o, e disse: Bendito seja Abraão do Deus altíssimo, o possuidor dos céus e da terra; e bendito seja o Deus altíssimo, que entregou os teus inimigos nas tuas mãos. E deu-lhe o dizimo de tudo.” (Gênesis 14:18-20)

Melquisedeque era rei, não precisava ser sustentado por Abraão. Abraão deu o dizimo num sinal de reconhecimento da soberania e autoridade de Melquisedeque (reverência). Nem era uma exigência de Deus.

Ele deu espontaneamente. Mais tarde Jacó seguiu seu exemplo e deu o dizimo quando teve a revelação da casa de Deus.

“E esta pedra que tenho posto por coluna será casa de Deus; e de tudo quanto me deres, certamente de darei o dízimo.” (Gênesis 28:22)

A lei regulamenta o dízimo, mas o principio do dízimo é muito mais profundo, e não depende da lei. A graça sempre excede a lei, vai além. A velha aliança era baseada na lei de Moisés, mas a nova aliança é baseada na graça.

A Nova Aliança é muito superior a Velha, ela vai sempre além. No sermão do monte, Cristo faz uma comparação entre os mandamentos de Moisés (lei), e os seus mandamentos (graça).

Lei Graça
Proibia-se o homicídio Mateus 5:21-23 Proíbe-se até a ira
Proibia-se o adultério Mateus 5:27-28 Proíbe-se até o olhar impuro

Egigia-se o amor ao próximo, mas permitia o ódio ao inimigo. Mateus 5:43-44 Exigi-se o amor ao próximo, aos irmãos, aos inimigos e também orar pelos que vos perseguem.

Exigia-se o dízimo Malaquias 3:8 e Lucas 14:25-33 Exigi-se a vida e tudo quanto possui

O significado mais profundo do dízimo é:

“Deus não é Senhor apenas de 10% de minhas finanças, Ele é Senhor de tudo (100%).”

As bênçãos que seguem o dízimo

É preciso entender que se dermos o dízimo não quer dizer que Deus vai enriquecer, ou que todos os nossos problemas financeiros serão solucionados. Não é com esse objetivo que devemos dar o dízimo. O que é preciso entender é que este é um principio de Deus e pelo fato de obedecermos a um principio de Deus somos abençoados.

Devolvendo o dízimo estamos honrando a Deus e em conseqüência disto santificando toda a nossa renda. Damos (devolvendo) uma parte a Deus e Ele faz prosperar o restante.

“Trazei todos os dízimos a casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa, e depois fazei prova de mim, diz o Senhor dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu, e não derramar sobre vós uma benção tal, para que não vos advenha a maior abastança. De vós reprovarei o devorador , e ele não destruirá os frutos da vossa terra; nem a vossa vide no campo lançara o seu fruto antes do tempo, diz o Senhor dos exércitos.”(Malaquias 3:10-11)

O texto nos diz que devemos provar (experimentar) o Senhor. Ele abrirá as janelas do céu e derramará as bênçãos sem medidas. O contribuinte fiel não passa necessidade. Deus faz o seu pouco prosperar e ser sulficiente.

Ofertas
Ofertar é Dar. Na Bíblia o seu conceito está ligado à idéia de sacrifício.

É dar algo que nos custe, que é valioso para nós. Não devemos ofertar ao Senhor algo que não custe nada para nós.

“Então, disse Araúna a Davi: Tome a oferta do rei, meu senhor, o que bem parecer; aos seus olhos; eis ai bois para o holocausto, e os trilhos e o aparelho dos bois para lenha. Tudo isso deu Araúna ao rei; disse mais Araúna ao rei: O Senhor teu Deus, tome prazer de ti. Porém o rei disse a Araúna: Não, porém por certo preço to comprarei, porque não oferecerei ao Senhor, meu Deus, holocaustos que me não custem nada. Assim, Davi comprou a eira e os bois por cinqüenta siclos de prata.” (2 Samuel 24:22-24)

Essa passagem nos diz que Araúna tentou dar de presente a Davi, o terreno, os bois e outros instrumentos necessários para o sacrifício. Mas Davi fez questão de pagar a Araúna, argumentando que não podia apresentar a um Deus oferta que não lhe tivesse custado nada.

Ofertas como essa, eram requeridas com muita exigência e sempre visavam a obtenção de uma dádiva perdoadora, porém, todas as bênçãos, redenção, perdão e pecados, nós já possuímos em Jesus Cristo. Por isso todos esses tipos de ofertas e sacrifícios foram abolidos pela obra de Jesus na cruz. Todo ritual religioso judaico foi abolido por Jesus.

Havia porem dois tipos de ofertas entre o povo de Deus que não estavam associadas a obtenção de alguma benção, ou perdão de pecados, nem a um ritual religioso, mas sim ao principio de dar, de contribuir. Por isso não foram abolidas e são referenciadas no Novo Testamento, praticadas pelos discípulos da Igreja primitiva e usadas até hoje.

“Portanto, se trouxeres a tua oferta ao altar, e aí te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa diante do altar a tua oferta, vai primeiro reconciliar-te com teu irmão; depois vem, e apresenta a tua oferta. Reconcilia-te depressa com o teu adversário, enquanto estás com ele a caminho, para que o adversário não te entregue ao juiz, o juiz ao oficial de justiça, e te recolham à prisão. Em verdade te digo que de maneira nenhuma sairás dali enquanto não pagares o último centavo.” (Mateus 5:23-26)

Ofertas voluntárias
Oferta voluntaria é a que oferecemos ao Senhor (ou ao necessitado, como ao Senhor), espontaneamente, por livre vontade.

“Depois celebrarás a festa das semanas ao Senhor teu Deus. O que deres será tributo voluntário de tua mão segundo o Senhor teu Deus te tiver abençoado.” (Deuteronômio 16:10)

“E veio todo homem, a quem o seu coração moveu, e todo aquele cujo espírito o estimulava, e trouxeram a oferta alçada do Senhor para a obra da tenda da congregação, e para todo o serviço dela, e para as vestes sagradas. Vieram, tanto homens como mulheres, todos quantos eram bem dispostos de coração, trazendo broches, pendentes, anéis e braceletes, sendo todos estes jóias de ouro; assim veio todo aquele que queria fazer oferta de ouro ao Senhor.” (Êxodo 35:21-22)

“Então os chefes das casas paternas, os chefes das tribos de Israel, e os chefes de mil e de cem, juntamente com os intendentes da obra do rei, fizeram ofertas voluntárias; e deram para o serviço da casa de Deus cinco mil talentos e dez mil dracmas de ouro, e dez mil talentos de prata, dezoito mil talentos de bronze, e cem mil talentos de ferro.” (I Crônicas 29:6-7)

“Agora, pois, ó nosso Deus, graças te damos, e louvamos o teu glorioso nome. Mas quem sou eu, e quem é o meu povo, para que pudéssemos fazer ofertas tão voluntariamente? Porque tudo vem de ti, e do que é teu to damos. Porque somos estrangeiros diante de ti e peregrinos, como o foram todos os nossos pais; como a sombra são os nossos dias sobre a terra, e não há permanência: Ó Senhor, Deus nosso, toda esta abundância, que preparamos para te edificar uma casa ao teu santo nome, vem da tua Mao, e é toda tua. E bem sei, Deus meu, que tu sondas o coração, e que te agradas da retidão. Na sinceridade de meu coração voluntariamente ofereci todas estas coisas; e agora vi com alegria que o teu povo, que se acha aqui, ofereceu voluntariamente.” (I Crônicas 29:13-17)

Ofertas alçadas

Oferta alçada é a levantada com uma finalidade específica. No Antigo Testamento foram usadas principalmente para a construção do templo (I Crônicas 29). No Novo Testamento era usada principalmente para suprir as necessidades dos discípulos.

“Ora, quanto à coleta para os santos fazei vós também o mesmo que ordenei às igrejas da Galácia. No primeiro dia da semana cada um de vós ponha de parte o que puder, conforme tiver prosperado, guardando-o, para que se não façam coletas quando eu chegar.” (I Coríntios 16:1-2)

“Porque até para Tessalônica mandaste não apenas uma vez, mas duas, o necessário para as minhas necessidades. Não que eu procure as dádivas, mas procuro o fruto que aumente o vosso crédito. Mas bastante tenho recebido, e tenho abundância; cheio estou, depois que recebi de Epafrodito o que da vossa parte me foi enviado, como cheiro suave, como sacrifício agradável e aprazível a Deus.” (Filipenses 4:16-18)


O que distingue a oferta voluntária da oferta alçada é que a alçada tem uma finalidade específica, a voluntária não. Mas segundo a palavra de Deus, toda oferta deve ser voluntária, ou seja espontânea, até mesmo as ofertas alçadas. Elas devem ser dadas de coração. Ninguém pode ser forçado a contribuir. A oferta é obra de Deus no coração do homem.

Para isso é necessário uma profunda operação do Espírito Santo no nosso coração levando-nos a um intenso compromisso, em amor a Deus.

O ponto fundamental é que precisamos entender que a nossa pátria está no céu e não na terra.

“Pois a nossa pátria está nos céus, de onde também aguardamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo.” (Filipenses 3:20)

“E se, na verdade, se lembrassem daquela de onde haviam saído, teriam oportunidade de voltar. Mas agora desejam uma pátria melhor, isto é, a celestial. Pelo que também Deus não se envergonha deles, de ser chamado o seu Deus, pois já lhes preparou uma cidade.” (Hebreus 11:15-16)

A lei da semeadura

“Mas digo isto: Aquele que semeia pouco, pouco também ceifará; e aquele que semeia em abundância, em abundância também ceifará.”

“Ora, aquele que dá semente ao que semeia, e não para comer, também dará e multiplicará a vossa sementeira, e aumentará os frutos da vossa justiça.” (II Coríntios 9:6 e 10)

A semente e o pão
O pão é para alimento, a semente é para semear.

Nosso dinheiro também tem estas duas finalidades: Sustento e Semear (dar)

No verso 6 diz:

- Quem semeia pouco colhe pouco
- Quem semeia muito colhe muito

É o contrário da poupança:

Poupança : Quanto mais guarda, mais tem
Semeadura: Quanto mais semeia (dá), mais colhe (recebe)

Ajuntar muito dinheiro não é uma boa idéia, pois não sabemos o dia de amanhã. Podemos morrer, deixar a conta cheia e perder a oportunidade de ofertar e repartir. (Lucas 12:15-25)


“Lança o teu pão sobre as águas, porque depois de muitos dias o acharás. Reparte com sete, e ainda até com oito; porque não sabes que mal haverá sobre a terra. Estando as nuvens cheias de chuva, derramam-na sobre a terra. Caindo a árvore para o sul, ou para o norte, no lugar em que a árvore cair, ali ficará. Quem observa o vento, não semeará, e o que atenta para as nuvens não segará.” (Eclesiastes 11:1-4)

• Lançai o vosso pão sobre as águas.
• Repartir, dar, abençoar os outros e ser abençoado.
• Quem observa o vento (circunstâncias) não semeará.

A oferta da viúva pobre

“Assentado diante do gazofilácio; observava Jesus como o povo lançava ali o dinheiro. Ora, muitos ricos depositavam grandes quantias. Vindo porém, uma viúva pobre depositou duas pequenas moedas correspondentes a um quadrante. E, chamando os seus discípulos, disse-lhes: Em verdade vos digo que essa viúva pobre depositou no gazofilácio mais do que o fizeram todos os ofertantes. Porque todos eles afertaram do que lhes sobrava; ela porém, da sua pobreza deu tudo quanto possuía, todo o seu sustento.” (Marcos 12:41-44)

Este é um texto muito conhecido. A viúva deu apenas duas pequenas moedas e sua oferta foi considerada maior do que a dos ricos que ofertavam muito. Talvez na hora de se usar esta moeda pouca coisa se faria com ela. Mas diante de Deus foi uma grande oferta.

Jesus explica porque:

- Todos deram do que sobrava.
- Ela deu tudo o que tinha para seu sustento (100%)

Aqui nós aprendemos 3 princípios para ofertar:

1) Amor
- Ninguém mandou ela dar tudo.
- Ela ofertou livremente
- Era algo espontâneo, honrando a Deus e Sua obra
- Deu por amor a Deus e Seu reino.

2) Fé
- Ela deu tudo, não ficou com nada, nem para o seu sustento
- Jesus não demonstra nenhuma pena dela. Mas como assim? Por que?
- Porque Ele sabia que a mulher estava acionando um princípio poderoso de Deus para o seu suprimento a Fé.
- Dar quando se tem muito é fácil.
- Dar do que sobra é muito fácil ainda.
- Mas dar quando se tem necessidade exige fé.

Este é o princípio de Deus que abre as janelas do céu como vimos no texto bíblico em Malaquias 3:10. Isto significa confiar mais em Deus do que nas riquezas. É ter fé que Deus proverá o seu sustento independente do dinheiro. (Para nós é mais fácil ter dinheiro e comprar o que precisamos, mas para Deus pode ser melhor que fiquemos sem dinheiro e aprendamos a depender dele e dos irmãos. Isso quebra o orgulho do homem, contribui para o despojamento da carne, é benção espiritual).

3) Sacrifício
A mulher não estava dando com a intenção de receber mais. Ela estava disposta a passar privações para que outros não passassem. Este é o padrão que devemos buscar no Novo Testamento. Se as nossas contribuições não nos expõem ao sacrifício, ainda não atingimos o padrão ensinado por Jesus. Não devemos ofertar a Deus o que não significa nada ou não valha nada para nós.

Questões relacionadas ao estudo.
1) O que é o dinheiro?
2) Qual é a relação de Deus com o dinheiro?
3) O que é dízimo?
4) O que é oferta?
5) O que são: ofertas voluntárias e ofertas alçadas?
6) O que você entende sobre a Lei da Semeadura?
7) Quais são os três princípios aprendidos na passagem: “A oferta da viúva pobre?”

Aula Prática

Entenda que quando não somos fiéis no dízimo e usamos o dinheiro que é do Senhor para outras coisas, estamos roubando a Deus e assim trazemos maldição para nós mesmos. Procure dar o dízimo e as ofertas pois esta é uma questão de fidelidade e obediência ao Senhor e sua vida será abençoada.

Deus o abençoe
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