Quando o assunto é dizimo, vemos que trata-se de um tema muito desgastado e que, geralmente, é visto pelos não cristãos, como um meio de explorar a fé dos mais simples. Se de fato existe pessoas dentro das igrejas, que agem assim, explorando a boa fé de seus membros com promessas de recompensas fantásticas para os que derem, ou pagarem, como preferem alguns, os seus dízimos e oferta, sem duvida é algo profundamente lamentável.
Este não é um assunto muito abordado, mas é de tremenda importância para Vida da Igreja. Muitas pessoas tem problemas sérios na área financeira por não contribuírem ou contribuírem de maneira equivocada.
Pessoas inconstantes em seus dízimos tendem a ser instáveis na sua vida financeira. Pessoas que têm dificuldade para dar, têm também, dificuldade para receber. Se a pessoa está com a mão fechada para dar, não receberá... “Para que Deus coloque algo em sua mão ela tem que estar aberta.
A Palavra de Deus diz:
“Tenho-vos mostrado em tudo que, trabalhando assim, é mister socorrer aos necessitados, e recordar as palavras do próprio Senhor Jesus, mais bem aventurado é dar do que receber”. (Atos 20:35)
Existem mais alguns enfoques que causam duvidas sobre esse tema e muito que ainda precisa ser restaurado. Antes, porém, de entrarmos no assunto de dízimos e ofertas, vamos falar um pouco sobre dinheiro.
O Dinheiro
O que é o dinheiro?
É um meio de transação, um instrumento que permite a troca de bens e mercadorias.
Muitos textos que vamos estudar são do Velho Testamento e, na época em que alguns deles foram escritos ainda não havia moeda.
• Todos os artigos serviam como elementos de troca (gado, prata, ouro, objetos).
• A riqueza era medida, por exemplo: pela quantidade de gado.
Era Abrão muito rico; possuía gado, prata e ouro”. (Gênesis 12:2)
O primeiro metal que foi usado como instrumento de troca foi a prata. As pessoas trocavam bens por determinado peso de prata:
1 Carro de Guerra = 600 siclos de prata
1 Cavalo = 150 siclos de prata
“Tendo Abraão ouvido isso a Efron, pesou-lhe a prata, e que este lhe falara diante dos filhos de Hete, quatrocentos siclos de prata, moeda corrente entre os mercadores”. (Gênesis 23:16)
A Natureza do Dinheiro
“ Importava-se do Egito um carro por seiscentos siclos de prata e um cavalo por cento e cinqüenta; nas mesmas condições as caravanas os traziam e os exportavam para todos os reis dos heteus e para os reis da Síria.” (I Reis 10:29)
O dinheiro é uma POTESTADE, ou seja, ele tem poder em si mesmo. Exerce poder sobre as pessoas.
“Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de odiar a um, e amar ao outro, ou há de dedicar-se a um e desprezaro outro. Não podeis servir a Deus e às riquezas.” (Mateus 6:24)
Neste texto Jesus usa uma palavra em aramaico: Mamom
Mamom: riquezas, indica algo que tem natureza pessoal e espiritual.
- Não podeis servir a Deus e a Mamom.
• Mamom é um deus rival
• Como um deus ele exige devoção.
• Mamom (o dinheiro) tem tendência de conduzir as pessoas para longe do Deus verdadeiro
Ex: o jovem rico: amava a Deus, mas amava mais a Mamom. (Mateus 19:16-30)
O dinheiro possui muitas características de Deus:
• Dá segurança
• Liberdade
• Poder (sensação de onipotência)
• Parece onipresente.
Um dos problemas mais sérios do dinheiro (Mamom) é que ele reivindica a lealdade e amor que pertencem somente a Deus. Por isso Jesus diz que quem “não renuncia a tudo quanto possui”não pode ser seu discípulo.
“Assim, pois, todo aquele que dentre vós não renuncia a tudo quanto tens não pode ser meu discípulo.” (Lucas 14:33)
Temos que aprender a usar o dinheiro que Deus nos dá (confia aos nossos cuidados), sem amar o dinheiro.
O dinheiro pode ser um empecilho ou um incentivo
Empecilho: pois se nos apegarmos a ele, atrapalha nosso relacionamento com Deus.
“Mas os que querem ficar ricos caem em tentação e em laço, e em muitas concupiscências loucas e nocivas, as quais submergem os homens na perdição e ruína. Porque o amor ao dinheiro é raízes de todos os males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé, e se transpassaram a si mesmos com muitas dores. Mas tu, ó homem de Deus, foge destas coisas, e segue a justiça, a piedade, a fé, o amor, a paciência, a mansidão. Combate o bom combate da fé, toma posse da vida eterna, para a qual também foste chamado, tendo já feito boa confissão diante de muitas testemunhas. ( I Timóteo 6:9-12)
Incentivo: Pois pode ser usado para intensificar nosso relacionamento com Deus e com os irmãos.
“Não ajunteis tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem destroem e onde os ladrões arrombam e roubam. Mas ajuntai tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem destroem e onde os ladrões não arrombam nem roubam. Pois onde tiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração. (Mateus 6:19-21)
A Bíblia nos fala de pessoas ricas que andavam com Deus e foram uma benção para o próximo. (Ex: Abraão, Salomão...)
Conceitos errados
O Dinheiro é neutro. (Nem bom, nem mau)
Dinheiro não é neutro. Ele pode ser bom se o usarmos bem ou pode ser mau se o usarmos mal.
O Dinheiro não satisfaz
Dinheiro satisfaz sim: Para uma pessoa materialista que ama o dinheiro e as coisas que ele pode dar, o dinheiro satisfaz.
Rico é quem tem muito dinheiro
Você não é rico pela quantidade de bens (ou dinheiro) que possui, mas pela quantidade de coração que coloca neles. Uma pessoa pode ter muito dinheiro e ser pobre para Deus. Outras podem ter pouco dinheiro e ser ricas para Deus.
Você é pobre quando o que tem é seu. Você é realmente rico quando o que tem é dos outros.
O Senhor e o dinheiro
Qual a relação de Deus com o dinheiro?
“Minha é a prata, meu é o ouro, diz o Senhor dos Exércitos.” (Ageu 2:8)
“Riquezas e gloria vem de ti, tu dominas sobre tudo; na tua mão há força e poder para engrandecer e dar força a tudo.” (I Crônicas 29:12)
Nestes textos vemos que todo ouro, toda prata, todas as riquezas são do Senhor; pertencem a Ele e estão sob seu domínio. Até o dinheiro que está no seu bolso agora. Portanto, o dinheiro que temos não é nosso, é de Deus.
• Deus nos dá para administrarmos para Ele.
• Sejamos então bons administradores.
• Usemos de acordo com a vontade Dele.
• Segundo as prioridades Dele.
• Usemos para abençoar os outros.
Deus nos dá o dinheiro não para que sejamos escravo dele, ou amemos a ele ou sirvamos a ele, mas para que façamos bom uso dele. O nosso coração não deve estar no dinheiro, mas sim no Senhor.
O objetivo de Deus não é nos tornar ricos, mas sim nos tornar semelhantes a Jesus.
Dízimos
O que é dízimo?
O conceito é simples: décima parte ou 10%.
• Consiste em devolvermos ao Senhor a décima parte (ou seja 10%) de tudo que ele nos dá.
Por que Deus quer 10%?
1) Porque Ele é misericordioso e bom.
• De quem é todo ouro, toda prata e todo dinheiro? (do Senhor)
• De quem é o mundo e tudo que nele há? (do Senhor)
Nós plantamos, colhemos, trabalhamos, recebemos, vivemos e respiramos no mundo que é do Senhor. E Ele só pede em troca 10% do que recebemos. Ex: arrendamento de terras (1/3 ou ½ para o dono da terra).
2) Porque Ele quer produzir em nós fë e obediência
Deus não precisa de dinheiro. Ele não precisa do nosso dinheiro. Mas quer que sejamos fiéis e obedientes, desprendidos do dinheiro e atentos às necessidades uns dos outros. Para isso precisamos ter fé, acreditarmos que Ele cuida de nós, e entendermos que dependemos Dele para nosso sustento. Precisamos saber que nosso sustento vem do Senhor e não do salário.
O que diz a Bíblia?
“Certamente darás dízimos de todo fruto das tuas sementes, que ano após ano se recolhe do campo”. (Deuteronômio 14:22)
“Também todas as dízimas da terra, tanto do grão do campo, como do fruto das árvores, são do SENHOR: santas são ao Senhor”. (Levítico 27:30)
O dízimo pertence ao Senhor, é propriedade Dele, não nossa. (Este é um conceito fundamental). O dízimo não é parte da nossa renda que damos ao Senhor, são os 10% pertencentes a Deus dentre tudo que Ele nos dá. (É Dele). Não damos o dízimos, nós devolvemos o dízimo ao Senhor. (É propriedade Dele). Por isso não devemos retirar do que sobra e sim das primícias da nossa renda.
“Honra ao Senhor como teus bens e com as primícias de toda a tua renda”. (Provérbios 3:9)
Muitas pessoas que não devolvem, o dízimo e retém para si, ou usam do dinheiro do dízimo para outras coisas, estão usando dinheiro do Senhor e não seu. (Estão sendo infiéis e desobedientes).
Este conceito estava presente desde a criação do mundo, no Jardim do Éden (Adão, Eva e a Árvore). Desobedecendo a esse princípio eles trouxeram problemas para si e para toda humanidade. Dar o dízimo é uma questão de fidelidade e obediência ao Senhor. Quando somos fiéis no dízimo e usamos o dinheiro que é do Senhor para outras coisas, estamos roubando Deus.
“Roubará o homem a Deus? Todavia vós me roubais, e dizeis: Em que te roubamos? Nos dízimos e nas ofertas. Com maldição sois amaldiçoados, porque a mim me roubais, vós, a nação toda”. (Malaquias 3:8-9).
Quando não damos o dízimo trazemos maldição para nós mesmo. Às vezes a pessoa não dá o dízimo e acaba gastando mais com médico, farmácia, e outras áreas não previstas. Não dá porque nunca sobra. (Mas não é para dar a sobra). Não dá porque está sempre em dificuldade financeira. (Mas se continuar a roubar a Deus vai continuar assim). Isso não quer dizer que toda dificuldade financeira é proveniente da retenção do dízimo, ou que o dízimo é uma fórmula mágica para reverter qualquer crise financeira. Mas existe um princípio de fé e obediência por traz do dízimo que se seguirmos seremos abençoados.
“Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa, e depois fazei prova de mim, diz o Senhor dos exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu, não derramar sobre vós uma benção tal, que dela vos advenha a maior abastança. E por causa de vós repreenderei o devorador, para que não vos consuma o fruto da terra; e a vide no campo vos não será estéril, diz o Senhor dos exército”. (Malaquias 3:10-11)
Sempre que obedecemos a um princípio de Deus nós somos abençoados; e nesse caso não é diferente. O Senhor diz que:
• Abrirá as janelas do céu.
• Repreenderá o devorador.
• Fará nossa terra dar frutos.
• Isso é conseqüência de fé e obediência.
Este texto também nos mostra para quem devemos entregar os dízimos.
O texto diz minha casa. Qual é a casa de Deus?
A Igreja
Casa do tesouro (Cristo é o tesouro)
Nós devolvemos os dízimos à Igreja, ou mais especificamente, aos homens que Deus colocou para governar a Igreja. Devemos temer a Deus e termos a Livre consciência para fazermos a nossa parte conforme o propósito do Senhor.
“Ensina-me Senhor, o teu caminho, e andarei na tua verdade, une o meu coração ao temor do teu nome”. (Salmos 86:11)
A vida da pessoa, cuja intenção é servir a Deus, é cheia de Luz, significado e objetivo, enquanto que a vida da pessoa cuja intenção é servir a Mamom é fadada à escuridão e sem significado. Devemos entregar aos nossos dízimos com amor e alegria e orar para que os recursos possam ser utilizados com sabedoria pelas pessoas que irão administrá-los, e que possam ser aplicados, fielmente, para que novas igrejas sejam abertas para que a obra de Deus se realize. Tenhamos confiança no Senhor porque Ele é Santo; justo e a tudo observa.
“O Senhor olha desde os céus e está vendo todos SOS filhos dos homens. Da sua morada contempla todos os moradores da terra”. (Salmos 33:13-14)
Não vamos entrar aqui na questão de como os dízimos são aplicados. Mas vemos no Antigo Testamento que ele tinha uma finalidade específica: Era para sustento dos LEVITAS: Povo que cuidava da casa de Deus.
“Quando acabares de dizimar todos os dízimos da tua novidade no ano terceiro que é o ano dos dízimos então a darás ao levita, ao estrangeiro, ao órfãs e a viúva, para que comam dentro das tuas portas, e se fartem”. (Deuteronômio 26:12)
“E eis que aos filhos de Levi tenho dado todos os dízimos em Israel por herança, pelo seu ministério que exerce, o ministério da tenda da congregação”. (Números 18:21).
O conceito de dízimo não vem da lei
Vimos que, antes da lei, Abraão deu o dizimo de todos os seus bens a Melquisedeque, sacerdote do Deus Altíssimo.
“Melquisedeque, rei de Salém, trouxe pão e vinho e era este sacerdote do Deus altíssimo. E abençoou-o, e disse: Bendito seja Abraão do Deus altíssimo, o possuidor dos céus e da terra; e bendito seja o Deus altíssimo, que entregou os teus inimigos nas tuas mãos. E deu-lhe o dizimo de tudo.” (Gênesis 14:18-20)
Melquisedeque era rei, não precisava ser sustentado por Abraão. Abraão deu o dizimo num sinal de reconhecimento da soberania e autoridade de Melquisedeque (reverência). Nem era uma exigência de Deus.
Ele deu espontaneamente. Mais tarde Jacó seguiu seu exemplo e deu o dizimo quando teve a revelação da casa de Deus.
“E esta pedra que tenho posto por coluna será casa de Deus; e de tudo quanto me deres, certamente de darei o dízimo.” (Gênesis 28:22)
A lei regulamenta o dízimo, mas o principio do dízimo é muito mais profundo, e não depende da lei. A graça sempre excede a lei, vai além. A velha aliança era baseada na lei de Moisés, mas a nova aliança é baseada na graça.
A Nova Aliança é muito superior a Velha, ela vai sempre além. No sermão do monte, Cristo faz uma comparação entre os mandamentos de Moisés (lei), e os seus mandamentos (graça).
Lei Graça
Proibia-se o homicídio Mateus 5:21-23 Proíbe-se até a ira
Proibia-se o adultério Mateus 5:27-28 Proíbe-se até o olhar impuro
Egigia-se o amor ao próximo, mas permitia o ódio ao inimigo. Mateus 5:43-44 Exigi-se o amor ao próximo, aos irmãos, aos inimigos e também orar pelos que vos perseguem.
Exigia-se o dízimo Malaquias 3:8 e Lucas 14:25-33 Exigi-se a vida e tudo quanto possui
O significado mais profundo do dízimo é:
“Deus não é Senhor apenas de 10% de minhas finanças, Ele é Senhor de tudo (100%).”
As bênçãos que seguem o dízimo
É preciso entender que se dermos o dízimo não quer dizer que Deus vai enriquecer, ou que todos os nossos problemas financeiros serão solucionados. Não é com esse objetivo que devemos dar o dízimo. O que é preciso entender é que este é um principio de Deus e pelo fato de obedecermos a um principio de Deus somos abençoados.
Devolvendo o dízimo estamos honrando a Deus e em conseqüência disto santificando toda a nossa renda. Damos (devolvendo) uma parte a Deus e Ele faz prosperar o restante.
“Trazei todos os dízimos a casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa, e depois fazei prova de mim, diz o Senhor dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu, e não derramar sobre vós uma benção tal, para que não vos advenha a maior abastança. De vós reprovarei o devorador , e ele não destruirá os frutos da vossa terra; nem a vossa vide no campo lançara o seu fruto antes do tempo, diz o Senhor dos exércitos.”(Malaquias 3:10-11)
O texto nos diz que devemos provar (experimentar) o Senhor. Ele abrirá as janelas do céu e derramará as bênçãos sem medidas. O contribuinte fiel não passa necessidade. Deus faz o seu pouco prosperar e ser sulficiente.
Ofertas
Ofertar é Dar. Na Bíblia o seu conceito está ligado à idéia de sacrifício.
É dar algo que nos custe, que é valioso para nós. Não devemos ofertar ao Senhor algo que não custe nada para nós.
“Então, disse Araúna a Davi: Tome a oferta do rei, meu senhor, o que bem parecer; aos seus olhos; eis ai bois para o holocausto, e os trilhos e o aparelho dos bois para lenha. Tudo isso deu Araúna ao rei; disse mais Araúna ao rei: O Senhor teu Deus, tome prazer de ti. Porém o rei disse a Araúna: Não, porém por certo preço to comprarei, porque não oferecerei ao Senhor, meu Deus, holocaustos que me não custem nada. Assim, Davi comprou a eira e os bois por cinqüenta siclos de prata.” (2 Samuel 24:22-24)
Essa passagem nos diz que Araúna tentou dar de presente a Davi, o terreno, os bois e outros instrumentos necessários para o sacrifício. Mas Davi fez questão de pagar a Araúna, argumentando que não podia apresentar a um Deus oferta que não lhe tivesse custado nada.
Ofertas como essa, eram requeridas com muita exigência e sempre visavam a obtenção de uma dádiva perdoadora, porém, todas as bênçãos, redenção, perdão e pecados, nós já possuímos em Jesus Cristo. Por isso todos esses tipos de ofertas e sacrifícios foram abolidos pela obra de Jesus na cruz. Todo ritual religioso judaico foi abolido por Jesus.
Havia porem dois tipos de ofertas entre o povo de Deus que não estavam associadas a obtenção de alguma benção, ou perdão de pecados, nem a um ritual religioso, mas sim ao principio de dar, de contribuir. Por isso não foram abolidas e são referenciadas no Novo Testamento, praticadas pelos discípulos da Igreja primitiva e usadas até hoje.
“Portanto, se trouxeres a tua oferta ao altar, e aí te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa diante do altar a tua oferta, vai primeiro reconciliar-te com teu irmão; depois vem, e apresenta a tua oferta. Reconcilia-te depressa com o teu adversário, enquanto estás com ele a caminho, para que o adversário não te entregue ao juiz, o juiz ao oficial de justiça, e te recolham à prisão. Em verdade te digo que de maneira nenhuma sairás dali enquanto não pagares o último centavo.” (Mateus 5:23-26)
Ofertas voluntárias
Oferta voluntaria é a que oferecemos ao Senhor (ou ao necessitado, como ao Senhor), espontaneamente, por livre vontade.
“Depois celebrarás a festa das semanas ao Senhor teu Deus. O que deres será tributo voluntário de tua mão segundo o Senhor teu Deus te tiver abençoado.” (Deuteronômio 16:10)
“E veio todo homem, a quem o seu coração moveu, e todo aquele cujo espírito o estimulava, e trouxeram a oferta alçada do Senhor para a obra da tenda da congregação, e para todo o serviço dela, e para as vestes sagradas. Vieram, tanto homens como mulheres, todos quantos eram bem dispostos de coração, trazendo broches, pendentes, anéis e braceletes, sendo todos estes jóias de ouro; assim veio todo aquele que queria fazer oferta de ouro ao Senhor.” (Êxodo 35:21-22)
“Então os chefes das casas paternas, os chefes das tribos de Israel, e os chefes de mil e de cem, juntamente com os intendentes da obra do rei, fizeram ofertas voluntárias; e deram para o serviço da casa de Deus cinco mil talentos e dez mil dracmas de ouro, e dez mil talentos de prata, dezoito mil talentos de bronze, e cem mil talentos de ferro.” (I Crônicas 29:6-7)
“Agora, pois, ó nosso Deus, graças te damos, e louvamos o teu glorioso nome. Mas quem sou eu, e quem é o meu povo, para que pudéssemos fazer ofertas tão voluntariamente? Porque tudo vem de ti, e do que é teu to damos. Porque somos estrangeiros diante de ti e peregrinos, como o foram todos os nossos pais; como a sombra são os nossos dias sobre a terra, e não há permanência: Ó Senhor, Deus nosso, toda esta abundância, que preparamos para te edificar uma casa ao teu santo nome, vem da tua Mao, e é toda tua. E bem sei, Deus meu, que tu sondas o coração, e que te agradas da retidão. Na sinceridade de meu coração voluntariamente ofereci todas estas coisas; e agora vi com alegria que o teu povo, que se acha aqui, ofereceu voluntariamente.” (I Crônicas 29:13-17)
Ofertas alçadas
Oferta alçada é a levantada com uma finalidade específica. No Antigo Testamento foram usadas principalmente para a construção do templo (I Crônicas 29). No Novo Testamento era usada principalmente para suprir as necessidades dos discípulos.
“Ora, quanto à coleta para os santos fazei vós também o mesmo que ordenei às igrejas da Galácia. No primeiro dia da semana cada um de vós ponha de parte o que puder, conforme tiver prosperado, guardando-o, para que se não façam coletas quando eu chegar.” (I Coríntios 16:1-2)
“Porque até para Tessalônica mandaste não apenas uma vez, mas duas, o necessário para as minhas necessidades. Não que eu procure as dádivas, mas procuro o fruto que aumente o vosso crédito. Mas bastante tenho recebido, e tenho abundância; cheio estou, depois que recebi de Epafrodito o que da vossa parte me foi enviado, como cheiro suave, como sacrifício agradável e aprazível a Deus.” (Filipenses 4:16-18)
O que distingue a oferta voluntária da oferta alçada é que a alçada tem uma finalidade específica, a voluntária não. Mas segundo a palavra de Deus, toda oferta deve ser voluntária, ou seja espontânea, até mesmo as ofertas alçadas. Elas devem ser dadas de coração. Ninguém pode ser forçado a contribuir. A oferta é obra de Deus no coração do homem.
Para isso é necessário uma profunda operação do Espírito Santo no nosso coração levando-nos a um intenso compromisso, em amor a Deus.
O ponto fundamental é que precisamos entender que a nossa pátria está no céu e não na terra.
“Pois a nossa pátria está nos céus, de onde também aguardamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo.” (Filipenses 3:20)
“E se, na verdade, se lembrassem daquela de onde haviam saído, teriam oportunidade de voltar. Mas agora desejam uma pátria melhor, isto é, a celestial. Pelo que também Deus não se envergonha deles, de ser chamado o seu Deus, pois já lhes preparou uma cidade.” (Hebreus 11:15-16)
A lei da semeadura
“Mas digo isto: Aquele que semeia pouco, pouco também ceifará; e aquele que semeia em abundância, em abundância também ceifará.”
“Ora, aquele que dá semente ao que semeia, e não para comer, também dará e multiplicará a vossa sementeira, e aumentará os frutos da vossa justiça.” (II Coríntios 9:6 e 10)
A semente e o pão
O pão é para alimento, a semente é para semear.
Nosso dinheiro também tem estas duas finalidades: Sustento e Semear (dar)
No verso 6 diz:
- Quem semeia pouco colhe pouco
- Quem semeia muito colhe muito
É o contrário da poupança:
Poupança : Quanto mais guarda, mais tem
Semeadura: Quanto mais semeia (dá), mais colhe (recebe)
Ajuntar muito dinheiro não é uma boa idéia, pois não sabemos o dia de amanhã. Podemos morrer, deixar a conta cheia e perder a oportunidade de ofertar e repartir. (Lucas 12:15-25)
“Lança o teu pão sobre as águas, porque depois de muitos dias o acharás. Reparte com sete, e ainda até com oito; porque não sabes que mal haverá sobre a terra. Estando as nuvens cheias de chuva, derramam-na sobre a terra. Caindo a árvore para o sul, ou para o norte, no lugar em que a árvore cair, ali ficará. Quem observa o vento, não semeará, e o que atenta para as nuvens não segará.” (Eclesiastes 11:1-4)
• Lançai o vosso pão sobre as águas.
• Repartir, dar, abençoar os outros e ser abençoado.
• Quem observa o vento (circunstâncias) não semeará.
A oferta da viúva pobre
“Assentado diante do gazofilácio; observava Jesus como o povo lançava ali o dinheiro. Ora, muitos ricos depositavam grandes quantias. Vindo porém, uma viúva pobre depositou duas pequenas moedas correspondentes a um quadrante. E, chamando os seus discípulos, disse-lhes: Em verdade vos digo que essa viúva pobre depositou no gazofilácio mais do que o fizeram todos os ofertantes. Porque todos eles afertaram do que lhes sobrava; ela porém, da sua pobreza deu tudo quanto possuía, todo o seu sustento.” (Marcos 12:41-44)
Este é um texto muito conhecido. A viúva deu apenas duas pequenas moedas e sua oferta foi considerada maior do que a dos ricos que ofertavam muito. Talvez na hora de se usar esta moeda pouca coisa se faria com ela. Mas diante de Deus foi uma grande oferta.
Jesus explica porque:
- Todos deram do que sobrava.
- Ela deu tudo o que tinha para seu sustento (100%)
Aqui nós aprendemos 3 princípios para ofertar:
1) Amor
- Ninguém mandou ela dar tudo.
- Ela ofertou livremente
- Era algo espontâneo, honrando a Deus e Sua obra
- Deu por amor a Deus e Seu reino.
2) Fé
- Ela deu tudo, não ficou com nada, nem para o seu sustento
- Jesus não demonstra nenhuma pena dela. Mas como assim? Por que?
- Porque Ele sabia que a mulher estava acionando um princípio poderoso de Deus para o seu suprimento a Fé.
- Dar quando se tem muito é fácil.
- Dar do que sobra é muito fácil ainda.
- Mas dar quando se tem necessidade exige fé.
Este é o princípio de Deus que abre as janelas do céu como vimos no texto bíblico em Malaquias 3:10. Isto significa confiar mais em Deus do que nas riquezas. É ter fé que Deus proverá o seu sustento independente do dinheiro. (Para nós é mais fácil ter dinheiro e comprar o que precisamos, mas para Deus pode ser melhor que fiquemos sem dinheiro e aprendamos a depender dele e dos irmãos. Isso quebra o orgulho do homem, contribui para o despojamento da carne, é benção espiritual).
3) Sacrifício
A mulher não estava dando com a intenção de receber mais. Ela estava disposta a passar privações para que outros não passassem. Este é o padrão que devemos buscar no Novo Testamento. Se as nossas contribuições não nos expõem ao sacrifício, ainda não atingimos o padrão ensinado por Jesus. Não devemos ofertar a Deus o que não significa nada ou não valha nada para nós.
Questões relacionadas ao estudo.
1) O que é o dinheiro?
2) Qual é a relação de Deus com o dinheiro?
3) O que é dízimo?
4) O que é oferta?
5) O que são: ofertas voluntárias e ofertas alçadas?
6) O que você entende sobre a Lei da Semeadura?
7) Quais são os três princípios aprendidos na passagem: “A oferta da viúva pobre?”
Aula Prática
Entenda que quando não somos fiéis no dízimo e usamos o dinheiro que é do Senhor para outras coisas, estamos roubando a Deus e assim trazemos maldição para nós mesmos. Procure dar o dízimo e as ofertas pois esta é uma questão de fidelidade e obediência ao Senhor e sua vida será abençoada.
Deus o abençoe